“O Signo dos Quatro” é o segundo livro a apresentar o detetive Sherlock Holmes e seu parceiro Dr. John Watson. Se você quer ingressar no universo da ficção policial e acompanhar Holmes na solução de vários mistérios, essa é uma boa história para começar!
Ambientada na era vitoriana, a trama gira em torno do intrigante caso do tesouro de Agra, roubado durante a Revolta Indiana de 1857. Holmes e Watson são contratados por Mary Morstan, uma mulher cujo pai desapareceu anos antes, após receber uma pérola da Agra como presente anônimo anual. Percebe-se que juntamente com a pérola, ela recebe uma mensagem estranha de um remetente desconhecido. A partir da apresentação desse caso, vários eventos vão se desenrolando, inclusive a morte de uma importante figura ligada ao começo da investigação. Então, Holmes usa de suas capacidades dedutivas para elucidar o mistério.
O Signo dos Quatro e a personalidade de Sherlock Holmes
Um aspecto muito interessante do livro é que podemos conhecer um pouco mais sobre a personalidade e os costumes de Sherlock Holmes, especialmente nas primeiras páginas do livro. O seu hábito (ou vício?) de usar cocaína, devido ao seu tédio e depressão quando não tem casos para resolver e assim ocupar sua mente, como ele mesmo justifica. Outro fato que chama a atenção é que uma das personagens que aparecem pela primeira vez nesse livro terá uma ligação futura com o nosso caro Watson. Mas, essa não irei revelar aqui pra não deixar spoilers!
“O Signo dos Quatro”, também publicado como “O Sinal dos Quatro”, pra mim deixou um pouco a desejar nos últimos capítulos. Afinal, o responsável por todo esse mistério, depois de capturado narra toda a história que o provocou a agir. Essa parte é realmente longa e cansativa, comparada ao restante do livro. Ainda que tenha esse “porém”, é uma boa leitura para quem curte histórias de investigação, personagens instigantes e ainda quer vivenciar um pouco da antiga Londres da era vitoriana.
A edição
Meu exemplar foi publicado pela Martin Claret. Gostei bastante da diagramação, a capa é dura e as páginas são em papel pólen amarelado (o queridinho dos leitores). Em segundo lugar, a fonte também é bonita e tem um tamanho satisfatório. A arte da capa é diferente, achei lindo o desenho. Só não me agrada tanto a cor fluorescente, pra mim não combina tanto com uma história de época. Sobre a tradução, não tenho elementos para opinar, mas minha experiência na leitura do texto foi boa. No geral, gostei bastante da edição!
Se você gosta de ficção policial, leia também o post sobre Os Elefantes Não Esquecem, de Agatha Christie.